quarta-feira, 9 de novembro de 2011

~Amores Secundários




Monyque sempre foi do tipo que não ligava pros sentimentos masculinos. Acreditava que os sentimentos deles não eram relevantes, já que os seus nunca foram levados em consideração.
Suas experiências a levaram a ter amores ilícitos. Amores quentes, porém fugazes.
Amores de início completo e complexo, com finais simples in fade.
São paixonites que a princípio são enormes, lindas, dão todo aquele frio na barriga, com borboletas e ansiedade.
Amores que vem como um desfile de praça cheio de pompa, com artistas coloridos e alegre banda de música.
Iludem;
Ludibriam;
Mas da noite pro dia suas paixões desapareciam.
Subitamente e do nada. Sem motivos, sem razão.
Monyque nem escuta restícios da música já longínqua daquela alegre banda que passou.
Desapareciam dela como se nunca houvessem existido.


Os Amantes e Enamorados não correspondidos diriam que a vida seria melhor se os amores fossem assim.
Se desaparecessem como os de Monyque.
Desaparecessem sem sofrimento, sem dor, sem sentimento de perda.


Mas não é assim, e isso não seria o certo.
Monyque costumava dizer:


" É isso o melhor absoluto da vida?
Ter paixões alegres, vivas, que acabam sem dor e sem sentimento de perda?
Não! Não é o melhor!
O melhor é viver deliciosamente o conjunto completo.
Se você não tem medo de algo, e se não houver um momento de hesitação por conta desse medo você irá perder o melhor.
Se não existir o momento pra dor, as alegrias serão menos prazerosas.


É como sexo:
As preliminares e pós muitas vezes são melhores do que o orgasmo em si.
Sem apetite a comida não tem gosto."

Um comentário: