quinta-feira, 24 de novembro de 2011

~Um bobo poema de amor.



Continuo amando Ana Carolina,
mas já não sei se amo você.
E não adianta você tentar tirar a verdade de mim
cara-a-cara.
Pois sua imagem diante de mim, perfeita e
clara, corta me as palavras.

Com você é fácil sorrir,
mas ao ver a despedida de aproximar em mim
aconchega-se o pranto.
Você é o meu sol, com certeza
a minha segurança.
Você me abre os olhos.

Quero você pra eternidade,
mas não te quero agora.
Sei que estou errando, sem você.
Mas quero deixar suas pernas de lado
pra aprender
a andar com as minhas.

Mas você continuará
dentro, e em mim
para toda a eternidade.

Você é o meu futuro.
Mas o meu presente pertence
à mim,
e à minha solidão.


*Eu encontrei esse texto que eu escrevi em algum momento da minha vida, e já nem lembro por que ou pra quem. Decidi postar apenas porque eu tenho um professor Lindo que me ensinou poesia. :D

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

~Pra entender






Quando me ferem, e me cortam, ao invés de escorrer sangue, escorre-me veneno.
Veneno que desce selando a ferida, deixando toda a sujeira do lado de dentro, permitindo uma cicatriz enorme.
Bate, que eu te esqueço na hora.
Dói! E depois da dor só restará indiferença.
O veneno não permanece em mim. Ele só fecha e seca minhas feridas instantaneamente. 
Ele permite-me sofrer por menos tempo.
Ele me faz ver pontos de luz, nos meus momentos de escuridão.
Não sou uma pessoa má.
Não vivo para aferroar as pessoas.
Eu divido veneno com meus amigos machucados.
Mas antes de selar-lhes as feridas, tento limpa-las. E isso realmente dói.


Eu não preciso magoar ninguém pra ser feliz.
Eu preciso apenas provar meu valor.
Um valor já existente, talvez até então não divulgado.


Eu não preciso pisar em ninguém pra ser feliz.
Mas se você pisou algum dia em mim, pode ter certeza de que se cair, não serei eu a ajudar-te.
Desculpe, sou humana.
Humana, com meus defeitos, dores, alegrias tolas, e cicatrizes horríveis.


Sou feita de mel, e mel distribuo.
Abelhas me defendem, assim como os espinhos defendem uma rosa.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

~A louca do Jardim

Pra onde vai o amor? De manhã eu preciso buscar um remédio pra minha mãe, depois tenho pilates e às 11 em ponto preciso estar na agência pra decidir um roteiro de vídeo para uma apresentação interna que o cliente vai fazer para a área comercial. Pra onde vai o amor? Quero aparecer na sua agência, subir as escadas correndo.
Porque essa pergunta precisa ser feita de peito ofegante. Pra onde vai o amor? Você tem a apresentação de uma concorrência. E tem uma equipe, uma mesa, um lixo, um carro alto, um cabelo grande, um sobrenome importante, um quadro caro, uma ex namorada top model, dezenas de garotinhas apaixonadas. Pra onde vai o amor? Porque quando deitamos no chão da sua sala e você me perguntou "quanto tempo você demora pra dizer que ama?". Porque quando você me mandou aquele e-mail falando que dormiu bem quando me conheceu. Porque a gente estava tão nervoso no dia do Astor, Subastor.
Porque eu tinha uma escova de dentes aí e você tinha uma escova de dentes aqui. Pra onde vai o amor? O que você fez com o seu? Deu descarga? O que eu faço com o meu? Dai eu te ligo, escondida no jardim da agência que eu trabalho. Chorando horrores. E te peço desculpas. "Eu sei que faz só um mês que estamos juntos mas o que você fez com o nosso amor?".
Por que você ficou frio e sumiu e esqueceu e secou e matou e deletou e resolveu e foi? E você diz que está trabalhando e eu me sinto idiota. Me sinto esfolada viva pelo mundo. Me sinto enganada por anjos. Me sinto inteira uma enganação. Respiro mentiras. Visto desculpas. Ajo disfarces. Porque a gente estava sim se amando mas você correu pra levantar antes a bandeira do "se fudeu trouxa, o amor não existe". Justo você que eu escolhi pra fugir comigo das feiúras do mundo
Porque você me emprestava a mão dormindo e pedia colo vendo tv e queria me fazer camarões fritos e escondia as meias suadas quando eu chegava antes do que você esperava. E você me perguntava o tempo todo se eu percebia como era legal a gente. E então, só pra fazer parte da merda universal de toda a bosta da vida, você se bandeou pro lado do impossível e se foi e me deixou como louca, escondida no jardim da agência, chorando, te perguntando pra onde foi o amor. E você riu e disse "mas eu só estou fazendo minhas coisas". E eu me senti idiota e louca e chata e isso foi muito cruel ainda que seja tão normal. Normal não me serve não encaixa não acalma.
E eu achei que a gente podia ter uma bolha nossa pra ser louco e improvável e protegido do lugar comum do mundo mediano adulto das pessoas que riem e fazem suas coisas. E tudo ficou feio, até você que é lindo ficou feio.
E eu quis me fazer cortes. Porque viver é difícil demais. E todo mundo me olhando, rindo, fazendo suas coisas. E daqui a pouco eu rindo e fazendo minhas coisas. E no fundo, abafado, dolorido, retraído, medicado, maduro, podre: onde está o amor? Onde ele vai parar? Onde ele deixou de nascer? Onde ele morreu sem ser? Por que eu sigo fazendo de conta que é isso.
As pessoas seguem fazendo de conta que é isso. E por dentro, mais em alguns, quase nada em outros, ainda grita a pergunta. O mundo inteiro está embaixo agora do seu lindo e refinado e chique e rico prédio empresarial de milionários. Gritando nas janelas, batendo nas portas, tirando você da sua reunião: o que você fez com o amor? Esse dinheiro todo, essa responsabilidade toda, esses milhões todos, essas pessoas todas que você quer que te achem um homem.
E o amor, o que você fez com ele? Enfiou no cu? Colocou na máquina de picar papel? Reaproveitou a folha pra escrever atrás? Reciclou? Remarcou pra daqui dois anos? Cancelou? Reagendou o amor? Demitiu o amor? É o amor que vai fazer você ser isso tudo e não isso tudo que você usa pra dar essas desculpas pro amor. Porque quando eu sentei no cantinho da cama e você leu seu livro de poesias de quando era criança. Porque quando você ficou nervoso porque queria me dizer que naquele minuto não estava me amando porque você acha que amor é isso além do que você pode. Amor é só o que você já estava podendo. O que você fez com esse pouco que virou nada? Com o muito que poderia virar? Eu aleijada, engessada, roxa, estropiada, quebrada, estou na porta, esperando você, por favor, me ensina, o que fazer, vou fazer o mesmo com o meu.
Vou mandar junto com o seu. Nosso amor pro inferno, longe, explodido, nada. E a gente almoçando em paz falando sobre o tempo e as pessoas escrotas e o filme da semana. Bela merda isso tudo, bela merda você, bela merda eu, bela merda todos os sobreviventes que riem e fazem suas coisas e almoçam e falam de filmes. E por dentro o buraco gigante preenchido por antidepressivos, ansiolíticos, calmantes, cervejas, maconhas, viagens e mais reuniões. Pra onde foi o amor? De pé seguimos pra nunca saber, pra nunca responder, pra nunca entender
Pra onde? Você lendo o texto mais lindo da minha vida sobre o último dia morando com seus pais, você achando as moedinhas que o seu pai escondia no jardim quando você era criança, você me contando isso tudo baixinho e eu sentindo tantas milhares de coisas lindas, você falando da merda boiando e a dor dos seus fins de amor, você dormindo com seus cachinhos virados para o meu nariz, você fazendo a piada dos ombrinhos mais altos e mais baixos pra tirar sarro dos homens artistas e burocráticos, você por um mês e tanto amor. Todos os cheiros de todos os seus cantos. E agora eu louca porque não se pode sentir, porque senti sozinha, porque não se pode sentir em tão pouco tempo.
Que tempo é esse quando o amor se apresenta tão mais forte e sábio que as regras de proteção? Quem quer pensar em acento flutuante quando se está voando? Quem quer pensar em pouso de emergência quando se está chegando em outro mundo melhor? E agora nada e você nada e tudo nada. O amor no planeta das canetas Bic que somem. O amor mais um como se pudesse ser mais um. O amor da vida de um mês. Você com medo de ser mais um e você único e tanto amor e tão pouco tempo.
O que você fez com ele para eu nunca fazer igual? Eu prefiro ser quem te espera na porta pra entender. Eu prefiro ser quem te espera na outra linha pra entender. Eu prefiro ser a louca do jardim enquanto o mundo ri e faz suas coisas. Do que ser quem se tranca nessas salas infinitas suas pra nunca entender ou fazer que não sente ou não poder sentir ou ser sem tempo de sentir ou ser esquecido e finalmente não ser.
Texto daminha DIVA: Tati Bernardi

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

~Verdades Really Escancaradas




Que saudade de conversar com você!
Você é a melhor companhia que tive nesses tempos, mesmo quando não queria falar comigo e me evitava.
When you are with me, I'm free, I'm Careless


Eu nunca consegui tirar você de mim.


Você é um ordinário.
Sabe tudo que sinto por você e fica aí, na maior glicose anal.
Sabe que não há ninguém nesse mundo que me faria largar tudo e viajar horas além de você.
Sabe que eu não penso em futuro sem você;
Sabe que eu fico on, esperando você; Esperando SÓ você;
Sabe que quando eu te deixei, foi porque não me sentia digna. Porque eu queria crescer pra você. Você sempre esteve pronto pra mim.


É tão doloroso quando você foge de maneira esquiva.
I'll never ever find a man like you
You got me twisted.


É muito estranho o modo como você me quer na sua vida.
Eu me perco te decifrando, baby.


Sim! Eu fico confusa, meu bem.
Eu não sei se eu gosto só da segurança que você é, se gosto do jeito como você olha o mundo, ou da energia que você passa.
Aquela energia gostosa, acalentadora, que sempre me fazia sentir como se eu não precisasse de mais nada nesse mundo.
Eu não sei se gosto de você pelo que você é ou pelo que gosto de ser com você;
No I Won't be afraid Just as long as you stand by Me


Mas é claro que esses pensamentos só passam pela minha cabeça quando você tá longe.
Eu sei muito bem o que penso quando to com você;
Na sua presença eu sei que te amo só porque você existe.
Eu sei que eu amo encostar sua pele na minha, escutar a sua respiração e ter certeza que você está vivo.
E querido, à quanto tempo não tenho essa certeza?
Pois é, não sei.
Eu parei naquela noite. Naquele texto. E naquela despedida.
Parei no tempo, na ultima vez que senti o seu corpo com o meu.
É difícil ver o dia decorrer sem você.
I don't wanna be without you, baby, I don't want a broken heart,
 Don't wanna take a breath, without you, baby.


Triste é me permitir Crescer sem você;
Te deixar, como disse Richard Bach:
Se você ama alguém, deixe-o livre. Se ele voltar, é seu. Se não, nunca foi.


É, eu fico confusa. Você não me deixa, e ao mesmo tempo não me toma e não me exige para sí, sabendo que eu lhe sou toda. Você joga a isca, eu a pego, como uma criança feliz, você puxa, mas me deixa no Anzol.
Sabendo que me vira a cabeça e a vida.
Cretino!
Tudo que eu não fiz pra você, foi por não ter certeza do que querias.
Ou porque não pediste.


Chega!
Há mutas coisas ainda a serem ditas, mas ainda não é a hora, ou ainda não estamos preparados.
Era isso que desejava dizer-lhe, mas não quero lhe dar certeza do que é para você ou não.




Não é maldade, veja, não sou desprovida de sentimentos. E muito menos mentirosa.
É que assim como você, eu tenho medo da verdade, e por conhecer o seu medo da verdade lhe deixo o benefício da dúvida. =D

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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

~Amores Secundários




Monyque sempre foi do tipo que não ligava pros sentimentos masculinos. Acreditava que os sentimentos deles não eram relevantes, já que os seus nunca foram levados em consideração.
Suas experiências a levaram a ter amores ilícitos. Amores quentes, porém fugazes.
Amores de início completo e complexo, com finais simples in fade.
São paixonites que a princípio são enormes, lindas, dão todo aquele frio na barriga, com borboletas e ansiedade.
Amores que vem como um desfile de praça cheio de pompa, com artistas coloridos e alegre banda de música.
Iludem;
Ludibriam;
Mas da noite pro dia suas paixões desapareciam.
Subitamente e do nada. Sem motivos, sem razão.
Monyque nem escuta restícios da música já longínqua daquela alegre banda que passou.
Desapareciam dela como se nunca houvessem existido.


Os Amantes e Enamorados não correspondidos diriam que a vida seria melhor se os amores fossem assim.
Se desaparecessem como os de Monyque.
Desaparecessem sem sofrimento, sem dor, sem sentimento de perda.


Mas não é assim, e isso não seria o certo.
Monyque costumava dizer:


" É isso o melhor absoluto da vida?
Ter paixões alegres, vivas, que acabam sem dor e sem sentimento de perda?
Não! Não é o melhor!
O melhor é viver deliciosamente o conjunto completo.
Se você não tem medo de algo, e se não houver um momento de hesitação por conta desse medo você irá perder o melhor.
Se não existir o momento pra dor, as alegrias serão menos prazerosas.


É como sexo:
As preliminares e pós muitas vezes são melhores do que o orgasmo em si.
Sem apetite a comida não tem gosto."

sábado, 5 de novembro de 2011

~A little Big Girl




É estranho que eu (menina criada para "constituir família") tenha feito tantos planos com você. Planos que não incluem uma "família convencional". Essa minha contradição é a grande prova de que nós queremos ser nós por nós mesmas. Apenas con(seguir) o sucesso por nós mesmas. Mas também, eu fui criada para ter o complexo de cinderela e precisar sempre de um homem que "cuide" de mim.
And after all, Aprendemos com a Vida que não DEVEMOS depender de Ninguém, pois os humanos são instáveis, mutáveis. E nos deixam de lado pra trás.
E como lidamos então com essa triste solidão que nos assola? Esse sentimento de que por mais sozinhos que gostemos de estar não conseguimos viver sem alguém que irá escutar aquela linda música que você acabou de descobrir, sem alguém que vá te ouvir dizer teorias conspiratórias e discordar de você (ou concluir essas teorias), ou o novo texto do seu blog.
Alguém que vá dormir de conchinha com você.


Cherry, eu já disse lhe e você sabia antes de dize-lo:
O amor sem amizade é egoísta e mesquinho. Se não está bom pra alguém, este logo pensa que deve partir pra outra, sem se perguntar como será pra outra pessoa, o que ela sentirá; sem lembrar que o amor foi criado para que cresçamos e possamos evoluir juntos, um com o outro; sem deixar ninguém pra trás.


Eu tentei ser assim,
Você tentou.
Falhamos? Somos culpadas ou vítimas?
Quem se importa? Cada um só quer saber da sua própria dor e do seu próprio prazer.


Neném,
nos encontramos.


E não importa o que digam de nós
Somos responsáveis pelo o que falamos, não pelo o que o outro entende.”
Importa o que realmente somos.


Você sabe tudo o que eu sinto por você. Tem plena convicção.
Mas como pediu uma nota, eu liguei minha playlist, acendi os incensos mentais, e veio um turbilhão de pensamentos à minha mente. 
Me perdi.
Parei.
Só consegui escrever até agora, a introdução. Então, deixou lhe uma música que a muito tempo amo. 
Ela diz tudo o que eu quero dizer, e o clipe quase completa.


***Please, ignore o negão, que não tem nada a ver com a história, rsrs.













Não preciso de modelos, não preciso de heróis. Eu tenho meus amigos.
 - Renato Russo.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

~Walk life



Veja, meu bem. Preste Atenção em como eu ando na praia.
Acho delicioso o contato das ondas, águas enérgicas batendo contra meus pés.
Eu caminho alegre, sentindo tudo, deliciando-me com a brisa, apreciando a temperatura da água, e a massagem no seu movimento.
Sinto o sol aquecendo o meu corpo todo. Quente como ternos abraços.
Mas a medida da minha felicidade é a medida do meu cuidado e medo.
Sempre gostei de mar.
Porém sempre tive medo de suas criaturas, estranhas demais pra mim sempre acostumada com animais de colo, peludos e barulhentos.
 Aquelas pequenas Criaturas despertam me curiosidade como despertam medo.
Medo do desconhecido.
Medo de suas escamas e conchas pontudas.
Pode ser uma medo criado na infância. Quando eu ia com sede demais ao pote e nem aproveitava o caminho até ele. Nessa época, eu abusada como era (e ainda costumo ser), eu me atirava ao mundo sem pena ou pensamentos. Deitava na roseira sem ver se tinha espinhos. Num desses meus abusos queimei me no encontro com uma Água-viva.
Nada letal, aqui estou, nem cicatrizes.
Só o medo da dor again. Só o trauma.
Assim, quando eu ando em uma praia, vou feliz, degustando cada detalhe, mas com os pés sempre desviando dessas criaturas do mar.
Os pés sempre com medo de se machucar enquanto os olhos admiram as nuvens e as ondas.
Na vida, a caminhada segue do mesmo jeito.
Aproveito cada dia, cada minuto. Sem medo de ser feliz.
O cuidado fica para aquilo que me fará sofrer, que irá doer.
É nisso que o medo vem.
A demais, pra mim, viver não tem segredos.
E só desviar das conchas pontudas, de Águas-vivas.






Mas no final tudo se aproveita, até a dor do aprendizado.